terça-feira, 28 de junho de 2011

MODA NOIVA


A mulher contemporanêa gosta de estar atualizada com o mundo e com a moda, é uma mulher que busca o seu lugar ao Sol, que busca inovação, que gosta da praticidade, da qualidade, do conforto e principalmente da elegância, é uma mulher que trabalha fora, que estuda, que é vaidosa e acima de tudo muito romântica, que sonha em conseguir encontrar o seu grande Amor e assim poder viver o seu grande dia de Princesa ( o casamento).

Mas você sabe como surgiu o Vestido de Noiva?


Diferente de outro traje social de luxo preparado para ocasiões especiais, este tem um significado relevante para a cultura ocidental. Mais do que uma veste nupcial, o vestido de noiva, resgata pedaços da cultura, da religiosidade e da historia da humanidade.

A cada mudança de época surgia um novo e exuberante vestido de noiva, na era romana a jovem noiva usava uma tunica branca e se envolvia com um véu de linho muito fino de cor púrpura, e usava uma coroa de flores de verbena. As flores eram sinonimo de fertilidade.

Com a queda do Imperio Romano e o sugimento da Corte Bizantina, a noiva passou a ser vestida com seda vermelha bordada em ouro e trazia no cabelo tranças feitas com fios dourados, pedras preciosas e flores perfumadas.

Com a coroação de Carlos Magno, no ano 800 d.C tornou o casamento um sacramento religioso, com forte carga social e simbólica, carga esta, que em grande parte perdura até os nossos dias.

O vestido de noiva sugiu neste período com a função específica de apresentar para a comunidade as posses da família da moça. A noiva era apresentada com um vestido vermelho ricamente bordado e sobre a cabeça um véu branco bordado com fios dourados. O vermelho representava a capacidade da noiva gerar sangue novo e continuar a estirpe. O véu branco falava da sua castidade.

Com o surgimento do Renascimento, com a acscensão da burguesia mercantil, a apresentação da noiva se tornou mais luxuosa. A jovem esposa era apresntada em veludo e brocado, ostentando o brasão de sua família e as cores do herdeiro ao qual sua casa estava se filiando.
O uso da tiara passou a ser um adereço obrigatório e temos nela a ancestral  da nossa grinalda.

No final do Renascimento, o código de elegância barroca foi determinado pelas cortes católicas de Espanha onde se estabeleceu o preto como a cor correta a ser usada publicamente como demonstração da índole religiosa de qualquer pessoa. Esta cor era aceita como adequada também para os vestidos de noiva, embora tenha sido neste momento que surgiu o vestido de noiva branco como novo padrão de elegância.

A tradição do vestido de noiva branco começou no século XIX  quando a rainha Vitória escolheu um modelo  de cetim branco debruado de flores de laranjeira. Mas ela fez : abdicando das ricas e suntuosas tiaras e diademas, resolveu simplesmente usar uma guirlanda de flor de laranjeira para reviver o simbolismo de outros tempos. E fez mais a ousada Vitória: agregou ao seu traje nupcial algo impensável e proibido a uma rainha - um véu, pois uma rainha deveria mostrar-se sempre descoberta para provar sua identidade ao publico.

Se a rainha Vitória lançou  uma tendência no século XIX, sua bisneta Elizabeth iniciou a competição pelo mais bonito quando se casou com Phillip Mountbatten, em 1947, usando um modelo de Norman hartnell, o costureiro oficial da corte inglesa.

Em 1953, Jaqueline bouvier Kennedy escolheu um vestido que deixava os ombros à mostra, de uma estilista pouco conhecida na época , chamada Anne Lowe.

Em 1956, de olhos atentos, o publico assistiu à plebéia Grace Kelly virar princesa nos anos 50, quando se casou com o príncipe Rainier de Mônaco, seu vestido levou 25 metros de seda pura só para o forro; mais 25 metros de tafetá de seda para o modelo propriamente dito; mais 300 metros de renda Valenciana e uma incontável metragem de tule para o longuíssimo véu.

Os anos 60 varreram o mundo e nada mais foi como antes depois dos hipies, paz e amor, maio de 1968, Beatles, Mary Quant e a minissaia...É claro que as noivas modernas aproveitaram essa idéia e casaram-se com minivestidos, tubinhos ou evasês, usados com longos, fartos e ricos véus, que compensavam a falta das caudas. 

Em 1981, quando Diana Spencer se uniu ao príncipe Charles. Casamento esse que deu partida a um novo round na moda noiva - uma influência tão forte quanto foi o casamento da rainha Vitória. Vimos a encantadora criatura, levada por uma carruagem de sonho, arrastando uma cauda de 25 metros, toda de tafetá de seda, bordada com milhares de pérolas e minúsculos paetês. Laçarotes e metros de renda antiga completavam o modelo. Na cabeça, a mais bela das coroas, com pérolas e brilhantes, onde se prendia um incomensurável véu. As mangas bufantes e com babados, entraram para a história.

A parceria com designers famosos é sempre admirada e tornou-se a grande tendência dos anos 2000, Madona usou Stella McCartney em seu casamento com Guy Ritchie, Katie Holmes foi vestida por Giorgio Armani para unir-se a Tom Cruise. Criados por anônimos ou famosos, o vestido de noiva vai ser sempre um clássico da moda, afinal representa um dos momentos - fashion mais importante da vida de uma mulher.


Bjs

Gil 
   

Nenhum comentário:

Postar um comentário